domingo, 9 de maio de 2010

Paixão que vem do berço:


Paixão que vem do berço:



Segundo o dicionário Aurélio, fanático é aquele que segue cegamente uma doutrina ou partido. O termo não está ligado unicamente a doutrinas políticas ou religiosas, pois tudo aquilo que leva o indivíduo ao exagero é considerado como forma de fanatismo.

Uma pessoa pode ser fanática por amar exageradamente uma pessoa, um time de futebol, etc; o erro mais comum das pessoas é o de designar fanatismo como sendo algo exclusivamente religioso e político. O fanatismo de um torcedor por seu time de futebol começa ainda na infância, quando ele começa a acompanhar os jogos de sua equipe de coração.


Essa paixão de um torcedor por uma equipe de futebol vem mesmo de berço, quando seu pai e avós já incentivavam desde cedo, a torcer por uma certa equipe de futebol. Desde daquela época, em que o individuo ficava assistindo ás partidas de futebol, sentado ao colo de seus pais e de seus avôs.



Essa paixão faz que o indivíduo, aos três anos de idade, grite e pule de alegria ao ver sua equipe de coração marcar um gol. Mesmo ainda não sabendo nem o começo da história daquele time, mesmo que ele ainda não saiba o que significado do nome de sua equipe.




Estádio Governador Magalhães Pinto ( Mineirão)


Que atire a primeira pedra, quem nunca sofreu e chorou ao ver sua equipe perder um campeonato. Ou então, quem deixou de pular de alegria e felicidade, ao ver seu clube de coração se consagrar campeão.

Qual torcedor, nunca rezou de três a quatro aves Maria e pai nosso, pedindo que seu time ganhe o jogo de mais tarde.


Qual torcedor, nunca acordou com um frio na barriga e nervoso, em dia de decisão, naquele dia que vai mudar para sempre a história de seu time, para o bem com mais uma vitória, ou para o mau?


Renato Augusto


Renato Augusto da Costa é um torcedor fanático do atlético, ele já deixou de sair com sua esposa, apenas para ficar em casa assistindo o jogo do Galo. Segundo ele o time do Atletíco e sua razão de viver, e ele não consegue viver sem o alvinegro de Belo Horizonte

" Eu sou apaixonado pelo Clube Atlético Mineiro, eu estou em quase todos os jogos do meu Galo no Mineirão, incentivando meu glorioso . Mas, para mim, torcer é ir ao estádio e apoiar a equipe para mais uma vitória", relata Renato Augusto.

Paula Rodrigues é uma torcedora do Cruzeiro, desde o dia em que nasceu. Ela tem uma grande paixão pela equipe da Toca da Raposa. Segundo ela, seus pais e sua família são torcedores fanáticos pelo Cruzeiro, e esse fato a incentivou a escolher a equipe celeste , como o seu time de coração.


" O cruzeiro é tudo para mim, é sinonimo de vida, alegria, paixão, prazer . Eu não consigo viver sem esse time. Eu gosto de ir ao estádio e acompanhar as partidas, principalmente as que são decisivas e importantes, como por exemplo, a fase de mata- mata da Copa Libertadores" , disse Paula Rodrigues.


Paula Rodrigues


Ao serem questionados sobre A violência nos estádios, Paula e Renato têm opiniões diferentes , pois para um as torcidas organizadas devem ser totalmente extintas. Para outro, a melhor solução seria uma melhor fiscalização do ministério público e das diretorias das equipes , em relação a todos os maus integrantes dessas torcidas.


Renato argumenta que sim, muitos torcedores tem medo de irem ao estádio, mas para ele não são todos os torcedores de torcidas organizadas, que são violentos. Pois para ele, alguns desses torcedores são como os torcedores comuns, que morre de amores por seu time, mas que também existem alguns que são violentos. " Eu mesmo tenho amigos, que pertencem a torcidas organizadas, nenhum deles é de criar confusão, todos eles vão ao estádio apenas para apoiar o Galo" disse Renato.
Já Paula, tem uma outra opinião, sobre as torcidas organizadas, para ela essas torcidas devem sim ser extintas de dentro dos estádios de futebol. " Eu não entendo, como o ministério público e os dirigentes de clubes deixam que essas torcidas entrem nós estádios. Essas torcidas vão para o campo apenas para brigar e criar confusão" ressaltou Paula.



Rivalidade entre casais:


De um lado um torcedor fanático pelo cruzeiro, do outro uma torcedora doente pelo atlético, essa e a divisão do apartamento de Ricardo e Renata que moram na rua dos tamarindos 375 bairro Eldorado . Do lado esquerdo do guarda roupa, blusa, calça, camiseta, jaqueta e uma enorme bandeira do atlético. Do outro lado, , o que predomina é o oposto, desse lado a cor azul e branca manda no pedaço , com blusa, calças, jaquetas, meias alem de uma grande bandeira da equipe celeste . Essa é a vida do casal Ricardo e Renata, que são unidos pelo amor, e separados pelo futebol e pelas maiores equipes de Minas Gerais.

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Casal Renato e Renata:

Na opinião de Renato, a equipe celeste e sim a maior de minas, tem os melhores jogadores, o melhor elenco, alem da maior torcida. Para Renata é tudo ao contrario, pois o Galo sim é o maior e glorioso de minas, e não se discute mais. Apesar da grande rivalidade, os dois se amam, e não conseguem viver sem o outro.

Como foi contar para família, que estavam apaixonados por um torcedor da equipe rival?

Renato : Em minha casa foi difícil, pois lá todos são fanáticos pelo cruzeiro. Eu estava com medo de contar a eles o que estava acontecendo, principalmente para meu pai. Ele no inicio não concordava e se revoltou com a novidade, depois de muita conversa, ele aceitou nosso namoro, e hoje ele adora ela e sua sua família.

Renata: : Em minha casa não foi muito complicado, todos queriam minha felicidade acima de tudo, mesmo se essa felicidade estivesse ao lado de um torcedor rival . Eu achava que meu pai nunca iria aceitar nosso namoro, mas por incrível que pareça, ele foi um dos primeiros a aprovar o nosso namoro.
Como vocês se comportam nós grandes clássicos, é um para um lado e outro para o outro?

Renata: É uma situação muito engraçada, nos temos o costume de reunir todo mundo aqui em casa. Com certeza é muito animado, pois todos se divertem muito, e sempre tem um que sai rindo melhor por último.

Renato: Eu adoro os grandes clássicos, para nós é momento de reunir a família e nos divertir muito. É um zoando e enchendo o saco do outro, eu me lembro do primeiro clássico que assistimos juntos aqui em casa, um tio meu saiu aos tapas e aos socos com um primo dela. No ultimo jogo de cruzeiro e atlético, eu estava ao lado deles e acabamos nos lembrando dessa briga, foi muito engraçado, todos nós começamos a rir.

Vocês vão deixar que seus filhos , decidam para quem torcer?

Renata: Eu já deixei bem claro, quero ter um filho e uma filha atléticana, ele também quer ter um casal. Então a melhor solução seria termos quatro filhos, um menino e uma menina para cada lado.

Renato: Finalmente entramos em acordo em um ponto, pois assim como ela, eu também quero ter um casal de filhos cruzeirenses, um menino e uma menina. Mas isso apenas dentro de alguns anos, pois não pretendemos ter filhos nesse momento.

O que vocês acham, sobre á violência nos estádios?

Renato: É uma pena, que esse espetáculo tão bonito esteja tomando rumores tão trágicos e violentos. Pois á violência está sim afastando os verdadeiros torcedores do estádio. Mas eu tenho fé, que um dia a paz ira voltar a reinar dentro do campo de futebol.

Renata:Como foi relatado por meu marido, realmente essa violência está afastando de dentro dos estádios os verdadeiros torcedores. Mas isso com certeza vai mudar, um dia meu marido e eu teremos a chance de assistir a um clássico entre cruzeiro e atlético com os nossos filhos dentro do estádio, e mostraremos a eles, como é bom ser um torcedor apaixonado por futebol. Pois esse espetáculo chamado futebol, comove e emociona as pessoas, para um torcedor, não tem nada melhor do que assistir a uma bela partida, com belos gols, e á um futebol bonito e encantador, aonde sempre vence a melhor equipe e o melhor conjunto.

Importância do torcedor rival?


Renata:Essa pergunta é muito boa, preciso admitir que um torcedor, não consegue sobreviver sem a existência do rival. Aqui em casa por exemplo, eu não sei o que faria sem meu marido, pois nossas discussões futebolisticas são super engraçadas, e a gente se diverte muito. Más acho que é preciso saber brincar, pois muitos torcedores exageram na brincadeira e acabam levando o que seria apenas uma brincadeira, para o lado da agressão e da violência.

Renato:Concordo com ela, pois as vezes e necessario perceber que você está exagerando na sua zoação. Mas é sempre bom e divertido encontrar com um torcedor rival após o classico, quando o seu time ganha fica melhor. Eu por exemplo tenho muitos amigos que são atletícanos, e eu adoro zoar eles, como eles também gostam muito de encher o meu saco,quando a equipe do outro lado da lagoa da pampulha vence o classico, o que tem se tornado muito dificil de acontecer.

Diego Zanini Rosa Gaudereto





































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